Sempre que passo pela superfície espelhada de uma montra não consigo evitar torcer os lábios selados num meio sorriso e repetir esse terço gasto, essa má reza já gasta pelas manhãs de todos os dias, é apenas uma farda de trabalho.
É apenas uma farda de trabalho.
Apenas um instrumento que usas para melhor te moveres no meio que escolheste como primeiro amor, como bússola da tua vida, como razão dos teus passos.
É apenas uma farda de trabalho.
E a merda da avenida tem umas mil montras, se não fosse o horário do autocarro já tinha parado para enrolar a pasta no blaser, usando a gravata, e tinha-lhes pago um bilhete só de ida pela montra maior que apanhasse. se calhar a do banco, ora que bela ideia,, nem parece que estás meio a dormir, nem tenho conta dos coelhos que essa cajadada matava.
É apenas uma farda de trabalho.
Apenas um instrumento que usas para melhor te moveres no meio que escolheste como primeiro amor, como bússola da tua vida, como razão dos teus passos.
É apenas uma farda de trabalho.
E a merda da avenida tem umas mil montras, se não fosse o horário do autocarro já tinha parado para enrolar a pasta no blaser, usando a gravata, e tinha-lhes pago um bilhete só de ida pela montra maior que apanhasse. se calhar a do banco, ora que bela ideia,, nem parece que estás meio a dormir, nem tenho conta dos coelhos que essa cajadada matava.
No autocarro sou rodeado pelo calor e barulho dos que, mais jovens que eu, me olham como se fosse uma má mistura entre um nojento traidor e um pobre condenado.
Nem sabem o certos que estão, os pequenos cabrões.
Saio em frente ao Departamento, o mp3 quase sem pilhas cuidadosamente guardado no bolso interior do blaser, para carregar ao menos uma parte do verdadeiro eu perto do coração, e caminho calmamente, tenho ai uns vinte minutos.
Deixo escapar entre os batimentos das veias insultos ruidosos que só eu percebo, é a vantagem de trabalhar no estrangeiro, a esta arquitectura moderna e utilitária que me cerca.
Vidros por todo o lado. E nem um paralelo solto da calçada num raio de um quilómetro.
É apenas uma farda.
É apenas uma farda.
Nem sabem o certos que estão, os pequenos cabrões.
Saio em frente ao Departamento, o mp3 quase sem pilhas cuidadosamente guardado no bolso interior do blaser, para carregar ao menos uma parte do verdadeiro eu perto do coração, e caminho calmamente, tenho ai uns vinte minutos.
Deixo escapar entre os batimentos das veias insultos ruidosos que só eu percebo, é a vantagem de trabalhar no estrangeiro, a esta arquitectura moderna e utilitária que me cerca.
Vidros por todo o lado. E nem um paralelo solto da calçada num raio de um quilómetro.
É apenas uma farda.
É apenas uma farda.
4 comentários:
Epá.. Essa curtia eu ver :)
Todo janota e tal.. Aaa.. é melhor eu parar. A esta altura do campeonato já me estarás a jurar mas pelas barbas..lol
Mas não resisto. Então.. Buenos dias!! Professor! :D
Vou ficar parada numa esquina para tirar uma foto e vender para uma revista.. tipo.. CARAS!! LOL
Bejo
uma farda, um regresso e que regresso!
Saudades tuas... Beijo
E o que seria da vida, se não fosse a farda????
Bjs brasileiros.
Eh pá...foste para longe? E andas de "farda"?
Quem és tu? O que é que fizeste ao vítor?! Looolol!!
Beijus babe! Fica bem! ;)
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