terça-feira, dezembro 27, 2005

25

sento-me na mesa do café,
quieto,
à espera que me matem.

e nesta tarde aborrecida,
completamente banal,
nunca quis tanto viver.

nunca o café soube tão bem,
e cada vez que respiro
é como se respirasse ouro

já li o jornal três vezes,
fervo de ansiedade,
suo frio,
mas espero quieto.

nesta mesa do café,
à espera que se decidam
a atravessar a rua
e vir matar-me.

8 comentários:

Vitor Soares disse...

Só a testar

Sophia disse...

E veio alguém?

Ana disse...

se ficarmos a espera que nos matem podemos esperar sentados mas se nao quisermos que nos matem, aí sim matam e muito rapido
o texto esta magnifico

Heavenlight disse...

E dessa forma vais aprender a beleza da vida, dos cheiros, dos sons, de tudo o que podes tocar e de tudo o que podes sentir por estares vivo. Diferente, o teu poema, mas como sempre magnífico!

A. disse...

E então, como acabou a tarde?
Muito bom =)
Bjs***

Tamia disse...

e quem apareceu?

ananda disse...

Espero que tenha acabado bem a tarde.
Feliz 2006, Vitor!
Um beijo!

Ana disse...

Não é dificil ter um sonho mas sim sonha-lo com um final feliz...