sento-me na mesa do café,
quieto,
à espera que me matem.
e nesta tarde aborrecida,
completamente banal,
nunca quis tanto viver.
nunca o café soube tão bem,
e cada vez que respiro
é como se respirasse ouro
já li o jornal três vezes,
fervo de ansiedade,
suo frio,
mas espero quieto.
nesta mesa do café,
à espera que se decidam
a atravessar a rua
e vir matar-me.
8 comentários:
Só a testar
E veio alguém?
se ficarmos a espera que nos matem podemos esperar sentados mas se nao quisermos que nos matem, aí sim matam e muito rapido
o texto esta magnifico
E dessa forma vais aprender a beleza da vida, dos cheiros, dos sons, de tudo o que podes tocar e de tudo o que podes sentir por estares vivo. Diferente, o teu poema, mas como sempre magnífico!
E então, como acabou a tarde?
Muito bom =)
Bjs***
e quem apareceu?
Espero que tenha acabado bem a tarde.
Feliz 2006, Vitor!
Um beijo!
Não é dificil ter um sonho mas sim sonha-lo com um final feliz...
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