sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Êxtase

O meu coração dispara quando a tua mão toca no meu peito e aperta.
Não é paixão, nem amor, apenas o querer provar os teus lábios, o teu corpo.
O desejo é animal, já não sou humano, sou apenas vontade, sou apenas querer.
Mordes-me o ombro, agarras-me os pulsos, voas nos meus braços, somos apenas vapor,
somos apenas calor.
Sigo as tuas linhas com a ponta dos meus dedos, escrevo na minha memória
a forma do teu corpo.
São dos corpos celestes que voam, são dois sóis, são dois cometas errantes que chocam
e se despedaçam um no outro.
Não há magia, não há amor, apenar sede, apenas vontade, apenas agora.
E finalmente o momento acaba, finalmente respiro de novo.
Respiro finalmente, apenas te respiro a ti, apenas respiro o teu perfume, o teu suor, o teu calor.
Tenho de voltar a casa, sair daqui, sentir o frio da noite na cara.
Mas a tua mão viaja no meu corpo, perdida de novo, de novo no meu coração.
E tudo recomeça.

7 comentários:

ananda disse...

;) Lindissimo! Muito sugestivo...
Beijinhos!

Sophia disse...

Ui! Que selvagem!!! ;) Go on!!!

A. disse...

Sem palavras mais uma vez...
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
=)

Heavenlight disse...

Adorei a cadência deste poema, como uma espiral crescente que no final decresce para se voltar a renovar. Selvagem, sim, como já alguém disse, e muito sugestivo :)

Tamia disse...

Tudo é fugaz... até este momento de intimidade!
Gostei da nova forma do poema!

Anónimo disse...

ué...tenho certeza que tinha deixado um comentário aqui. Vc deletou?

JC disse...

As mulheres sao umas doidas ... n deixam um rapaz ir pa casa :P

mto fixe ;)
ja n comentava faz um bom bocado, mas tenho seguido os teus belos posts :D
Continua ;)