Às vezes...
Às vezes penso que só existes na ponta dos meus dedos, quando desenho o teu corpo por cima da roupa com que o tapas, que só existes naquele espaço que escavaste para ti no meu ombro esquerdo, aquele espaço onde os teus sonhos nascem e terminam.
Às vezes penso que só existes na ponta dos meus dedos, quando desenho o teu corpo por cima da roupa com que o tapas, que só existes naquele espaço que escavaste para ti no meu ombro esquerdo, aquele espaço onde os teus sonhos nascem e terminam.
Às vezes bebo a minha força dos teus lábios, como se tudo aquilo que preciso para viver nascesse na tua voz cantada em notas roubadas, como se os teus lábios finos fossem os pilares que sustêm o meu mundo, o meu firmamento, tudo o que conheço.
Às vezes acordo nos teus braços e tenho medo de me mexer, medo até de respirar, medo que um só sopro afaste a névoa de calor e chuva que o teu corpo encostado ao meu provoca nos meus olhos, que aquele peso subtil do teu corpo no meu desapareça.
Às vezes, fico acordado a ver o sol nascer pela janela do teu quarto e encher os teus caracóis de dourado, banhar os teus ombros nus de mel luminoso, enquanto te olho adormecida e espero que acordes com os olhos cheios da luz matinal.
Às vezes tento desenhar palavras em páginas amarrotadas, juntar em quadros escritos os pedaços mal cortados deste mundo que construí para ti, que construí na esperança de um dia ser só nosso, só meu e teu.
Às vezes, até acho que consigo viver sem ti, respirar sem ti, voltar a olhar o céu como o olhava antes de teres dado novo nome às estrelas, acordar como acordava quando estava só, fazer o pequeno-almoço só para mim, viver só para o meu corpo.
Às vezes...
Às vezes tento desenhar palavras em páginas amarrotadas, juntar em quadros escritos os pedaços mal cortados deste mundo que construí para ti, que construí na esperança de um dia ser só nosso, só meu e teu.
Às vezes, até acho que consigo viver sem ti, respirar sem ti, voltar a olhar o céu como o olhava antes de teres dado novo nome às estrelas, acordar como acordava quando estava só, fazer o pequeno-almoço só para mim, viver só para o meu corpo.
Às vezes...
6 comentários:
Lindo, lindo, lindo! Mais um texto vindo de uma alma que só pode ser riquíssima em inspiração...
Um dos textos mais bonitos que li aqui. Parabéns! Muito lindo mesmo!
Beijinhos!
Este texto é de cortar a respiração, pois está muitíssimo bem escrito e revela aquilo que para mim é a verdadeira essência do amor. Aproveita ao máximo esse teu dom - o da escrita e o dom de amar assim.
Parabéns!
Adorei! =)
Andas muito inspirado ultimamente! =]
Às vezes penso em como seria bom alguém me dizer estas coisas.
Às vezes penso que estás a ler a minha alma.
Às vezes limito-me a pensar que te estás a superar!
Palavras para quê?
Tu conheces-as todas e usas-as como ninguém!
LINDO!!!!!!!! =)
Bjs***
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