quinta-feira, março 24, 2005

sepultura

deixa-me ficar aqui
deitado para sempre
a olhar-te e a sonhar
nesta campa carmesim

vou viver para sempre
neste segundo de céu
entre os batimentos
dos nossos corações

quero ser sepultado
nesta campa de flanela
rodeado dos teus braços
no silêncio da manhã

não a quero, desejo-a
esta paz infinita
de sepultura fresca
nesta campa carmesim

1 comentário:

Sophia disse...

Não consigo comentar mais que isto: este poema transmite tantas coisas que não consigo dizer coisa nenhuma. (É bom sinal!)