Dei-te...
Sei lá o que te dei...
Dei-me?
Seja o que fôr
perdi...
Não o encontro,
nem posso dar mais.
Se calhar nunca tive,
se calhar levaste contigo.
Dei-te...
E já não volta.
Passo a mão pelo cabelo,
fecho os olhos, imagino...
tento lembrar-me
do caminho de volta.
Não me lembro,
dei-to...
dei-me...
e já não volto mais.
8 comentários:
Este texto tem o dom - tal como todos os teus textos - de nos fazer pensar. Quando foi que nos démos? Será que quereríamos mesmo percorrer o caminho de volta?
Quando nos damos perdemos um bocadinho de nós e ganhamos muito mais, bom ou mau, é indiferente. Mas não podemos voltar atrás totalmente. E muitas vezes é isso que dói.
Gostei muito!
Talvez tenhas dado o teu ser e agora, será que o queres de volta?
Adorei este teu texto, Vi. Levou-me a pensar seriamente num assunto que teimo em esquecer no lufa lufa dos dias. Um beijo
E.R.
dei-to
dei-o
o dei-o
redundante?
Dei-me...
N me perdi, no entanto nao me encontro. N me encontro porque onde devia procurar doi demais!
Mas nao, nao sou o mesmo e a racionalidade ordena que nao o queira voltar a ser.
Bom texto ;)
(quase tao bom como os meus :p eheheh)
O texto está excelente como sempre, mas a primeira coisa de que me lembrei foi o Dei-te Quase Tudo! lá do senhor Paulo Gonzo. ;)
Beijinho!
É tão mau quando damos a alguém que não merece... Mas quando é bem entregue é excelente! =)
Adorei...
Toda a gente volta e cai em si mesmo após ter dado o coração. Isto, porque quando quem amamos não é merecedor o coração regressa a nós como por milagre ;)
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