... suspiras bem junto ao meu pescoço, o calor do bar acompanhou-nos até aqui, até esta porta semiaberta, até este degrau, montanha que conquistaste para partilharmos a luz desta lua mansa e parda, que se derrama lentamente dos olhos para os lábios...
... a carpete da sala abraça-nos o corpo quando o sofá nos cospe para o mundo, rebolando, bato de costas e os reflexos fazem-me rodar contigo nos braços, gaiola de carne protectora que te faço por instantes e instintos, pequeno pássaro de luz que és, guardada aqui nos meus braços...
... olhos nos olhos, corpo no corpo, o meu braço esquerdo sustém todo o meu peso, amanhã vai doer mas agora sustém-me, sustém o mundo, só para que a minha mão se passeie pelo canto do teu sorrir, só para que ela te afaste os cabelos pegados de suor da tua cara brilhante...
... o teu corpo sobe e choca de mansinho no meu a cada respiração que tens, as tuas pernas estão enleadas nas minhas, és uma trepadeira viva, a minha mão direita posou na curva da tua anca, seguro-te como se fosses uma viola, a tua voz murmura como a canção que o vento toca nas cordas...
... está calor demais para me afastar de ti, dormes pendurada no meu braço, a boca entreaberta faz-me querer beber mais, está calor, tenho sede, e a tua pele queima como o vento que me lambe a pele de dia, mas não me mexo, só a mão se mexe, quero beber dos teus olhos a luz que a lua oferece pela janela, afasto as tuas madeixas, vejo a fonte que nasce nos teus lábios, bebo uma última vez, e derramo-me nos sonhos escuros...
... a carpete da sala abraça-nos o corpo quando o sofá nos cospe para o mundo, rebolando, bato de costas e os reflexos fazem-me rodar contigo nos braços, gaiola de carne protectora que te faço por instantes e instintos, pequeno pássaro de luz que és, guardada aqui nos meus braços...
... olhos nos olhos, corpo no corpo, o meu braço esquerdo sustém todo o meu peso, amanhã vai doer mas agora sustém-me, sustém o mundo, só para que a minha mão se passeie pelo canto do teu sorrir, só para que ela te afaste os cabelos pegados de suor da tua cara brilhante...
... o teu corpo sobe e choca de mansinho no meu a cada respiração que tens, as tuas pernas estão enleadas nas minhas, és uma trepadeira viva, a minha mão direita posou na curva da tua anca, seguro-te como se fosses uma viola, a tua voz murmura como a canção que o vento toca nas cordas...
... está calor demais para me afastar de ti, dormes pendurada no meu braço, a boca entreaberta faz-me querer beber mais, está calor, tenho sede, e a tua pele queima como o vento que me lambe a pele de dia, mas não me mexo, só a mão se mexe, quero beber dos teus olhos a luz que a lua oferece pela janela, afasto as tuas madeixas, vejo a fonte que nasce nos teus lábios, bebo uma última vez, e derramo-me nos sonhos escuros...
1 comentário:
(Posso ter um ataque?! Não posso, pois não?!)
Muito forte, quase que nos transportas para esse momento... Lindo! ;)
Beijinhos!
Enviar um comentário