segunda-feira, novembro 13, 2006

olá

energia
todo o teu corpo é um eléctrodo
propagas corrente pelas minhas mãos
como um cataclismo de luz
como se o sol
farto de esperar por mim
me esperasse já na porta
e me comesse os lábios
antes de me deixar sequer entrar

sobes
enrolas-te pelo meu corpo
como uma serpente alada e suave
e arrancas-me a alma com doce perfume
envenenado pelos teus beijos
arrasto já os corpos pelo chão
numa direcção que nem sei bem

paras
olhas-me sorrindo
deixas-me respirar um momento
fechas a porta com um pé
arrancas os meus olhos com os teus olhos
e dizes-me olá
e chamas-me teu

8 comentários:

Kisa disse...

não deveria ser necessário fechar a porta para se possuir... parece que inconscientemente se assume o proibido!

não deveria ser proibido. Quem proibe afinal?

Anónimo disse...

rs, que bonito! :)
Gostei dessa parte: "sobes
enrolas-te pelo meu corpo
como uma serpente alada e suave"
Um beijo!

ananda disse...

E sente-se esse calor... ;)
Beijinhos!

Heavenlight disse...

E deve ser tão bom ser chamado de alguém dessa forma! Possessão mas que interpreto como aquela possessão que nos faz bem, que nos faz sentir vivos.
Como sempre, adorei.

Tamia disse...

olá...

gostei muito.

A. disse...

Que lindo! (e adorei o poema chamar-se olá! faz-me uma visita e logo percebes! ;)
Bjs***

Anónimo disse...

c não atualiza mais isso aki não é?
rss

Sophia disse...

"sobes
enrolas-te pelo meu corpo
como uma serpente alada e suave
e arrancas-me a alma com doce perfume
envenenado pelos teus beijos"

esta parte está fenomenal!!! Não me canso de a ler!!!