terça-feira, novembro 07, 2006

atracção

Nunca sei bem o que te digo, as palavras pulam simplesmente na tua direcção, como se fosses um íman para o que digo, para o que vejo, para o meu corpo.
Torno-me um espectador ausente, como se dormitasse num cinema, apenas me apercebo do mundo através de grandes imagens coloridas, gigantescos quadros de óleo, enormes telas vivas e quentes narradas pela tua voz gotejante.
E a tua mão agarra minha.

Desperto debaixo de uma chuva infinita e negra, que cai da noite como pedaços de alcatrão gelados, parado à porta da tua casa, a tentar agarrar o calor da cama ao meu corpo, a tentar lembrar o teu cheiro na minha cara antes que se misture com as lágrimas das nuvens.

O primeiro passo é o mais difícil, mas o peso do sono empurra-me para a calçada e avanço por puro hábito de fazer o caminho de volta, o serpenteante caminho de pedra que me leva para um dia de névoa cinzenta e outras vozes.
Mas que leva também, quase que rezo enquanto ando, de volta para as tuas mãos.

5 comentários:

Anónimo disse...

rss... mas este meu amigo português é um eterno apaixonado! =]
Que seja smepre assim!
Um beijo!

ananda disse...

Ai, o amor, o amor!! LOL
Beijinhos!

A. disse...

FOFO!
É a única coisa que tenho para dizer...
;-)
Bjs***

Anónimo disse...

Ai ai.... rapaz, preciso conversar uma coisa com você!!
Assim que puder, apareça no msn!
Beijos!

Sophia disse...

Sei que me repito constantemente nos comentários, mas está simplesmente espectacular, que mais posso eu dizer?