Passaram muitos anos... bom, não foram assim tantos, mas vão-se acumulando e as pessoas que me conhecem insistem que me marcaste, que alguma coisa fizeste que me impede de amar, de sentir, de dar aqueles pequenos passos em frente a que normalmente se chama ternura.
Não sei se é verdade.
A minha voz da verdade, olhando-me do outro lado do copo de sangria, diz-me que procuro, que procuro ela não sabe, por isso é ela a voz da verdade, a verdade é que eu também não sei, nem sequer acho que realmente procuro.
Digamos que espero.
Sim, mas que espero eu?
Espero por ti?
Não, não espero por ti, nunca esperei por ti, nem no primeiro dia do fim guardei a mais leve esperança ou ânsia.
Será isso? Será que espero pela esperança?
Eu não sei.
E sendo realmente sincero comigo, olhando a minha ausência nos olhos, não me importo com isso. Não gasto uma merda de um segundo a saber o que aguardo.
Sei que virá, repentina como a manhã.
Sei.
E até lá espero.
2 comentários:
está tudo na tua cabeça.
as ervas daninhas arrancam-se pela raiz ou envenenam-se, sempre que necessário... mas para isso temos de querer; esperar, mas de pé!
She will be worth the wait.. ;)
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