A casa abandonada
perdida na planura
é o velho que a habita
é o espelho da verdade
O seu destino é o mesmo
nesta terra moribunda
último homem, última casa
testamento à fartura passada
Deixados a morrer
na sua planície amada
o velho balouça da trave
na casa da planície dourada
Último passo num beco sem saída,
um espelho que nada reflecte
o velho balouça mas sorri
ambos estão vivos, onde conta, aqui.
1 comentário:
"... da planície dourada"
O nosso Alentejo está a morrer, mas as pessoas continuam vivas e continuam com esperança de tempos melhores!
"ambos estão vivos, onde conta, aqui."
Que bela maneira de acabar o poema!
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