quinta-feira, janeiro 06, 2005

Sou

Sou um vento
que pela planície passou
e nem marca deixou
Uma pegada perdida
que ninguém encontrou
Uma pedra partida
que alguém atirou
Um risco a lápis
que não se apagou
porque a borracha
não se interessou

Sou um gesto vão
uma importância menor
uma nota de rodapé
um batimento moribundo
um som que se desvanece
uma luz que desaparece
e que ninguém viu
nem agarrou
nem escutou

2 comentários:

Anónimo disse...

Que belo poema!!!!! È teu!??? Adorei
Visitem este blog mais vezes , vale a pena. Um abraço Eddie

Anónimo disse...

Como tudo o que é efémero e breve, também nós o somos!
Mas como tudo marca a difereça, também nós a marcamos!
Beijo
T.C.