vieste com as primeiras chuvas
à minha procura nos bares
por saberes que me tinhas
deixado partido e perdido
no fundo de uma garrafa
vieste na busca estúpida
da recordação esquecida
do nosso amor passado
porque não tinhas já
quem te abraçasse
vieste nos meus braços
numa nuvem quente
de álcool e prazer
e choraste saciada
perdida no meu peito
mas depois veio o sol
e quando a luz chegou
lá te lembraste que
agora já não me amavas
e sumiste na manhã
e lá me arrastei eu
nem melhor nem pior
para o fundo da garrafa
até que voltem a cair
as primeiras chuvas
6 comentários:
Gostei muito! Parece uma canção!
Acho que a podias oferecer para poderem fazer uma canção. Quase que aprece Jorge Palma!
Muito bonito
Esta de 1as chuvas tem muito que se lhe diga.. Vai ler o meu post de hoje e logo vês!!! O poema está magnífico, como sempre. Once again: congratulations!!!
Só para dizer que fui o 3300. Não mereço um prémio???
Apesar de eu não achar muita piada a isto das chuvas, o poema está magnífico. O Senhor tem de escrever um livro! ;)
Beijinho!
Ya... hoje nao estou muito virada para comentários profundos e filosóficos, por isso vou só dizer que adorei o teu poema e que me faz lembrar alguém, mas esse alguém ficou lá, no fundo da garrafa, sem força para se levantar à espera que ela voltasse para o amar de vez em quando.
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