Os raios que cortam o véu negro do céu
Luminosos cabelos de fim de tarde
Nada mais são que tentações
Recordações de tempos passados
Em que o meu coração vivia
Na terra sagrada do sol
Onde até no topo do infernal inverno
O sol brilha e te aquece
E te abraça, lembrando o calor
Na terra do véu negro
Todo o céu desce à terra
E te envolve no seu xaile quente
Abafado como um forno
Um falso calor
Que pelos vistos chega e sobra
Para quem nunca abraçou o sol
Na terra do véu escuro do céu
A vida passa numa tela cinza
Sem verdadeira chuva nem verdadeiro frio
Sem verdadeiro sol nem verdadeiro calor
E sem nunca, nunca, nunca ver
O céu na sua verdadeira imensidão imaculada
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