quinta-feira, outubro 20, 2005

Raio de luz

Todos os meus erros morrem
naquele milísegundo em que
os nossos lábios se cruzam,
em que a chuva fria cai
pelas goteiras dos cabelos,
e um raio de luz viva
nos atravessa agarrados,
neste estacionamento sujo
e escuro e feio e nosso.

Não me peças mais perdão,
eu não te peço mais desculpa.

Vamos só ficar aqui assim,
agarrados na noite sem lua,
enquanto eu desvendo se
este arrepio nas costas
é da chuva que me encharca,
das tuas mãos que me abraçam
ou deste raio de luz suja
que nos transporta assim,
naufragados um no outro,
neste milionésimo de segundo
onde a memória não existe.

6 comentários:

Sophia disse...

Ai, ai!

ananda disse...

Vitor, já te passou pela cabeça editares estas coisas em livro. Deixa-me adivinhar: já existe um livro teu?!
É tudo tão lindo!
Beijo!

Anónimo disse...

Concordo com a Ananda. A tua escrita chega ao meu coração :) é simplesmente linda...

Tamia disse...

Vou-te responder com uma música... Raio de Luz dos Madredeus.

Heavenlight disse...

Tb quero!...

A. disse...

Lindo, LIndo, Lindoooooooooooooooo
Opah como é que tens essa capacidade incivel de conseguires colocar por escrito aquilo que te vai na alma duma maneira tão simples e bela?
Acredita que aquilo que escreves toca-me bem cá dentro... Só para teres ideia do quanto, tava super mal disposta quando aqui cheguei e fiquei logo bem! OBRIGADA! =)
Bjs***