domingo, outubro 15, 2006

mãos geladas

Consigo saborear no ar que o teu beijo deixou nos meus pulmões aquele doce cheiro a vingança que aparece na noite, misturado no sabor gorduroso a morango que o teu baton plantou pela subida do meu pescoço até à minha boca.
Tens as mãos geladas, arrepias-me a pele quando me tocas o peito, que estranha mistura esta, as minhas costas suam, quase que tremo da mistura entre o frio e o nervoso, tenho medo que descubras que já perdeste, que já te puxei para mim, tenho medo que olhes à volta e descubras que já navegámos da sala para o quarto.
Os teus caracóis soltam-se quando te envolvo a cintura com a mão e te levanto, ris de espanto e de prazer, pareces uma criança que descobriu um baloiço, não te deixou logo, fico a segurar-te assim, em pleno ar, olhos nos olhos, as tuas mãos seguram a minha cabeça, sou real e o teu sorriso acredita, ainda tens uma ponta de riso pendurada nos lábios, passa uma eternidade, passam duas, quase que passam três quando saltas e me sugas a alma com um beijo.
Já não tens as mãos geladas.

5 comentários:

Vanessa disse...

Yepa, Yepa, Yepa, Arriba, Arriba, Arriba, Ándale, Ándale, Ándale!

YEEHAW!!! Tou é cas mãos suadas!!
Woohoo
U devil U!! ;)

A. disse...

=)

largerthanLIFE disse...

Muito visual, muito sensual...
Gostei.
bjs

A. disse...

reli o teu poema e acho que ficou uma coisa por dizer da outra vez...
Eu também já não tenho as mãos geladas e dúvido que qualquer pessoa que tenha passado por aqui e lido o teu poema, tenha ficado com as mãos geladas... Ou se já tivessem as mãos geladas, que tivessem continuado com as mãos geladas!... LOL
Beijinhos grandes****

Tamia disse...

eu gosto é de sentir as mãos geladas!